Na manhã fria e aparentemente comum, a vida de Virgínia Fonseca virou de cabeça para baixo. Por volta das 10h, a influenciadora digital foi surpreendida com o toque insistente da campainha. Ao abrir a porta, deu de cara com o ex-marido, o cantor Zé Felipe, ao lado de um oficial de justiça. O que parecia improvável se concretizou: havia uma ordem judicial autorizando que ele levasse Maria Alice, filha do casal, para passar 48 horas com ele – fora da casa e sem a presença da mãe.

A cena, presenciada por funcionários e registrada em relatos que correram rapidamente pelos bastidores, foi tensa e dolorosa. Virgínia, sem aviso prévio, precisou ouvir do próprio oficial a leitura de um documento que lhe tirava, ainda que temporariamente, a convivência com a filha. Visivelmente abalada, tentou ligar para sua advogada, mas sem sucesso imediato. Enquanto isso, Zé Felipe mantinha-se calado, sério, sem provocar ou responder aos olhares dos presentes. Era a lei falando mais alto que o afeto.

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Maria Alice, de apenas cinco anos, brincava inocente no andar de cima, alheia ao turbilhão que se desenrolava na sala. Quando finalmente conseguiu falar com sua advogada, Virgínia ouviu a confirmação do que mais temia: se a ordem judicial era legítima, ela não poderia impedir. Chorando, subiu até o quarto da filha, tentou explicar com doçura o que nem ela mesma entendia direito, e se despediu com um abraço forte e palavras entrecortadas. “Mamãe vai estar aqui te esperando”, disse, tentando conter a dor.

Zé Felipe, por sua vez, levou a filha para a casa do pai, o cantor Leonardo, na zona rural de Goiânia. Em silêncio, sem postagens, sem pronunciamentos, foi fotografado mais tarde segurando a menina no colo, apontando para o céu – talvez tentando distrair a filha de uma realidade que nem ele queria.

Enquanto isso, na mansão de Virgínia, o clima era de luto. A influenciadora se trancou no quarto, desligou o celular e proibiu que qualquer membro de sua equipe gravasse stories ou falasse sobre o ocorrido. A movimentação não passou despercebida. Poucas horas depois, vídeos da saída de Maria Alice com o pai já circulavam nos grupos de WhatsApp e páginas de fofoca. Manchetes insinuavam perda de guarda, denúncias, crise emocional. A internet, mais uma vez, fez seu julgamento paralelo.

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O estopim, segundo fontes próximas, teria sido uma live feita por Virgínia dias antes. Na transmissão, ela aparecia chorando enquanto Maria Alice brincava ao fundo. O vídeo repercutiu, e a defesa de Zé Felipe usou o conteúdo como argumento de que a exposição emocional da mãe poderia estar prejudicando o bem-estar psicológico da criança.

A decisão judicial, segundo bastidores, veio após uma petição de urgência da equipe jurídica de Zé Felipe. Eles solicitaram um período exclusivo de convivência paterna, justificando que a filha precisava de equilíbrio longe das redes e da superexposição. Muitos juristas, no entanto, classificaram a medida como extrema, apontando que afastamentos como esse são raros e exigem provas muito contundentes de risco à criança.

A repercussão dividiu a opinião pública. De um lado, quem via Virgínia como uma mãe ferida, injustiçada e arrancada do convívio com a filha. De outro, quem via Zé Felipe como um pai legítimo tentando proteger o que lhe restava de espaço na vida da filha.

O silêncio estratégico de ambos deu espaço para indiretas. No dia seguinte, Virgínia publicou um story com fundo preto e letras brancas que dizia: “O que é meu ninguém tira. Deus vê tudo”. Em minutos, o print viralizou. A equipe de Zé Felipe respondeu rapidamente: pediu a remoção do conteúdo e alertou que novas manifestações poderiam gerar sanções judiciais. Virgínia apagou a postagem, mas o estrago já estava feito.

Nos bastidores, amigos e influenciadores começaram a se posicionar. Uns silenciaram. Outros tomaram partido, mesmo que discretamente. Até a sogra de Virgínia, Poliana Rocha, fez uma publicação tida como indireta: “Em tempos difíceis, o silêncio é uma oração. E a oração de mãe é escudo”. O clima entre os fãs do casal, que antes vibravam com cada publicação apaixonada, agora se dividia entre “time Virgínia” e “time Zé Felipe”.

No meio desse furacão, Maria Alice continuava sendo apenas uma criança de cinco anos. No centro de uma batalha emocional e legal, envolta em cuidados, estratégias e decisões que, por mais justificadas que pareçam, nunca deixam de ter um impacto profundo em quem menos tem voz nessa história: ela.

A próxima audiência está marcada para daqui a alguns dias. Nada é definitivo ainda. Mas uma coisa é certa: quando a justiça entra na intimidade familiar, o que se perde é sempre mais do que tempo ou convivência – é a delicadeza dos laços que o amor construiu com tanto cuidado.