A madrugada de terça-feira prometia ser apenas mais uma na rotina movimentada de Virgínia Fonseca. Depois de um dia cheio de compromissos, gravações e reuniões, a influenciadora digital finalmente se recolhia para descansar ao lado do marido, Zé Felipe. No silêncio do quarto, o barulho insistente das notificações do celular começou a incomodar. Até aí, nada fora do comum. Mas entre vibrações repetidas, algo chamou atenção.

No visor, um nome impossível de se ignorar: Preta Gil. A cantora, falecida há poucos dias, foi vítima de uma perda que emocionou o país inteiro. A comoção pública ainda era recente, e mesmo sem terem convivido intensamente, Virgínia havia expressado sua tristeza nas redes. Mas por que o nome de Preta surgiria agora, na tela do celular, com uma nova mensagem?

Zé Felipe acordou confuso com a reação da esposa. Ao ouvir “É da Preta Gil”, o clima no quarto mudou completamente. Havia algo errado. A primeira mensagem era enigmática: “Você precisa saber de algo. Não ignore isso.” E então, como se o tempo tivesse congelado, mais palavras surgiram: “Não conte a ninguém. Não, ainda.” A tensão se intensificou. Virgínia sentia algo que beirava o sobrenatural.

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Enquanto o casal tentava entender o que estava acontecendo, outras mensagens vieram. Referências a traições, disputas internas e uma verdade que não poderia morrer com a cantora. Zé chegou a pensar em golpe, mas o número era o mesmo que Preta usava. A conversa mostrava uma breve troca antiga, de 2023, e agora, do nada, as mensagens reapareciam — como se fossem enviadas em tempo real.

A gota d’água veio em forma de áudio. Uma voz abafada, mas reconhecível. “Você vai entender, mas vai doer. Olhe para quem está ao seu redor. Nem todos choram por amor. Alguns só querem a herança.” Era a voz de Preta Gil. Um tom íntimo, pessoal, doloroso. O tipo de mensagem que não se grava para campanhas ou entrevistas. Virgínia repetia: “É ela. É a voz dela.”

Pouco depois, o telefone fixo da casa — aquele que ninguém mais usava — tocou. Do outro lado, uma voz feminina, envelhecida, apenas sussurrou: “Não apague o áudio. Ele não foi enviado por acaso.” E desligou.

Abalada, Virgínia respondeu à mensagem. Perguntou: “Quem é você?” A resposta veio com outro nome inesperado: Mãe Luía. Ela dizia que Preta a havia escolhido. Que precisava ir até a casa com o portão azul. Virgínia sabia exatamente onde era. Já tinha visto aquela casa, abandonada, na Barra da Tijuca.

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A partir daí, tudo tomou uma direção ainda mais sinistra. Ela foi até lá, sozinha, guiada por uma força que nem ela sabia explicar. Ao entrar na casa, encontrou um envelope com seu nome. Dentro, apenas uma frase: “No cômodo do fundo, você verá a verdade.”

Ao chegar ao local, descobriu uma caixa com fotos íntimas de Preta, ao lado de uma mulher desconhecida, mas claramente importante. Uma figura que aparecia em todos os momentos marcantes — sempre nos bastidores. Em uma das imagens, a legenda: “Ela tentou avisar, mas foi calada.”

Então uma nova mensagem chegou: “Agora você viu. Não confie em quem mais se aproxima.” Quando a luz do cômodo piscou e voltou, a caixa havia sumido. Outra mensagem avisava: “Vai embora. Eles já sabem que você entrou.”

Do lado de fora, dois homens se aproximavam. Com chaves, lanterna e uma calma assustadora, pareciam saber exatamente onde estavam. O celular de Virgínia vibrava novamente. Era uma chamada de vídeo. No visor, um nome: Luía.

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Ao atender, a mesma mulher das fotos apareceu. Com os olhos fixos na câmera, ela disse: “Você está com medo, mas não precisa. Esperei muito tempo por essa ligação. Ela escolheu você.” Segundo Luía, Preta havia descoberto algo grave. Alguém próximo, querido por todos, teria mentido, desviado dinheiro e interferido no tratamento da cantora. Preta queria contar, mas foi silenciada. E então, antes de morrer, teria escolhido alguém fora da família, alguém “com o coração limpo”. Escolheu Virgínia.

O celular emitiu um alerta: “Tentativa de acesso remoto detectada. Permitir rastreamento?” Luía foi direta: “Se você permitir, eles vão apagar tudo. O áudio, as provas, a verdade.” Ao mesmo tempo, passos pesados ecoavam na casa. Dois homens, roupa escura, rosto escondido. Um deles já com um molho de chaves na mão.

Antes de tomar qualquer decisão, o celular vibrou pela última vez. Uma última mensagem: “Eles querem o áudio. Ele contém a última confissão de Preta.”

Virgínia não sabia se corria, se se escondia ou se enfrentava o que vinha pela frente. Mas uma coisa era certa: o que parecia apenas uma madrugada comum, agora poderia se tornar o início da maior revelação do ano — uma história que vai além da morte, que clama por justiça e que, até então, só ela conhecia.